Em um futuro não muito distante, Estados Unidos e Rússia travam disputas ferrenhas pelo domínio das últimas fontes de energia do planeta. Uma delas pode ser vista flutuando pelo espaço: uma enorme colônia espacial que captura a luz solar, convertendo-a em energia elétrica.
Em um ato furtivo, o exército russo invade a estação, disparando um enorme feixe de calor contra a cidade de São Francisco, aniquilando-a por completo. Os americanos reagem, mandando o supersoldado Sam e o esquadrão de elite das forças armadas direto para o espaço, com o intuito de recobrar os equipamentos antes que Nova Iorque seja destruída também.
Apesar de soar como um clichê enorme, a história em Vanquish acaba ficando em segundo plano, já que o novo jogo da Platinum Games — que é responsável também por Bayonetta — consegue transformar tudo na desculpa perfeita para você, no controle do herói, saltar de um canto para o outro, explodindo máquinas e reafirmando o seu poder.
Nesta semana, finalmente tivemos a oportunidade de testar a versão demonstrativa, que foi ao ar pela Xbox LIVE. A versão de PlayStation 3 foi liberada um pouco depois, mas também já pode ser acessada por meio da PlaySatation Network.
O campo de batalha
Saltando dos menus (belíssimos, por sinal, contendo a colônia espacial ao fundo) para o jogo, você será imediatamente surpreendido por uma saraivada de tiros, informações e explosões. É assim que Vanquish se mostra desde o início, como uma experiência frenética, capaz de desnortear qualquer veterano em jogos de tiros.
Não falamos isso no mal sentido, afinal de contas, não é todo dia que você tem a chance de testar um jogo com tantas coisas acontecendo por todos os cantos do cenário. Os inimigos, aliás, são trazidos em massa pelas naves de transporte — as quais podem ser destruídas com tiros de alto calibre —, enquanto os projéteis vão deixando rastros no ar.
Já dá para ter uma noção de como a sua tela ficará depois de alguns segundos, não é mesmo?
Quer uma ajudinha?
Tamanho caos não se restringe apenas ao aspecto visual, uma vez que os inimigos o pressionam constantemente, criando situações de difícil escapatória. Aqueles que encararem Vanquish como um jogo qualquer, de tiro em terceira pessoa (TPS), serão surpreendidos com uma morte rápida e dolorosa.
Os soldados robóticos da Rússia podem se proteger nas barreiras superiores, disparando tiros certeiros contra o seu esquadrão. Alguns chegam a lançar granadas ou até mesmo a assumir o papel de explosivos, correndo para cima de seu personagem. A melhor estratégia, para esses momentos, é a fuga.
Para sair com vida do que ainda está por vir — acredite, as dezenas de robôs são apenas o início —, você terá que utilizar todo o arsenal colocado à sua disposição. Não nos referimos apenas às armas e munições, uma vez que o protagonista tem uma série de truques guardados para a guerra, todos possibilitados pela sua armadura.
O primeiro, e talvez o mais importante dos comandos secundários, é o de esquiva, que faz com que Sam salte rapidamente na direção desejada, evitando alguns dos tiros e disparos de maior intensidade, a exemplo dos raios de calor e das saraivadas de mísseis, que discutiremos adiante.
Em seguida vêm os ataques corpo a corpo, desferidos em elos sempre que o primeiro golpe atinge um oponente em cheio. A força do impacto e o esforço da armadura de Sam são tão grandes que o rapaz termina seus movimentos mais vulnerável, devido ao superaquecimento dos componentes da veste mecanizada.
Depois de quase entrar em combustão, Sam exibe o sistema de reparação automático, com muitas partes animadas em seu corpo. Pelo visto, as armaduras tradicionais e estáticas já são uma coisa do passado...
Como se não bastassem tantos recursos, a desenvolvedora ainda implementou um sistema de foco, que desacelera todo o cenário em momentos críticos. Essa é a sua chance para desviar dos perigos ou mirar com calma nos pontos fracos dos oponentes. Se você não conseguir se adaptar à dificuldade e ao sistema de mira, Vanquish lhe oferece um modo semiautomático, que exige poucos comandos do jogador, exatamente como visto em Bayonetta.
A ação nas telas
Melhor do que ter todos esses recursos é ver que tudo funciona adequadamente, tudo se encaixa com fluidez durante a partida. Uma passagem rápida pelo tutorial não é uma má ideia, mas quem dispensá-lo poderá desbravar o conflito sem maiores dificuldades. O sistema de disparo é tradicional, tendo um botão para mira de alta precisão.
A movimentação de Sam merece elogios, por ser ágil e de fácil manutenção. O próprio sistema de cobertura foi muito bem estruturado, apresentando-se de uma forma que não quebra o ritmo da guerra. Mesmo abaixado, é possível saltar para os lados, para frente ou até mesmo para outro ponto mais vantajoso. Neste sentido, não temos do que reclamar.
Extravagância absoluta
Img_normalMas a melhor parte da demonstração é aquela em que um robô colossal invade a tela, fazendo frente aos chefes vistos em jogos como God of War. A grande diferença é que o protótipo russo, de guerra, foi desenvolvido para favorecer o ataque, trazendo consigo um estoque praticamente interminável de mísseis.
Nós apostamos: vocês nunca viram uma chuva de disparos tão grande, em suas vidas de jogadores assíduos. Nessas horas, você não sabe se corre ou se tenta destruir os projéteis, um a um, enquanto eles ainda flutuam antes do impacto. O problema com a primeira alternativa é definir qual área do cenário não será atingida.
Apesar da sua força de ataque, o robô traz consigo as tradicionais áreas de vulnerabilidade. Com a destruição de cada uma, você observará novos ataques do oponente ou a transformação completa de sua estrutura metálica, no melhor estilo Transformers, montando uma animação de finalização que o deixará eletrizado no sofá.
Saltos em torno de ogivas e a devolução de mísseis inteiros? Sim, Vanquish tem de tudo!
Sucesso absoluto?
Pelo pouco que pudemos observar da demonstração, Vanquish está se armando para ser um grande título. Ele tem velocidade, fluidez, desafio na medida certa e muita imaginação. Poucos são os jogos que conseguem, atualmente, mostrar algo que realmente surpreenda os jogadores. Felizmente, a equipe da Platinum Games parece ter conseguido encontrar a receita certa, mais uma vez.
Obviamente, a demonstração não é perfeita: a câmera insiste em se esconder atrás do jogador em alguns locais do cenário; os ataques braçais nem sempre respondem de forma precisa; os gráficos são adequados, mas não espetaculares, sendo a movimentação o ponto mais alto do jogo, que roda na resolução de 1024 x 720, a 30 quadros por segundo (fps).
Dada a resolução (que pode ser considerada como sub-HD), é natural que alguns serrilhados saltem pelos cantos dos cenários. O efeito é minimizado pela aplicação do efeito de desfoque sobre os cenários e sobre as extremidades dos personagens, em vista da movimentação acelerada.
No fim das contas, essas reclamações são insignificantes perto das qualidades deste TPS. Aguardaremos ansiosamente pelo lançamento de Vanquish, que ocorrerá no dia 19 de outubro.
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